A luta de libertação do povo de Novarrússia a muito deixou de ser apenas de um monte de homens. Mulheres e meninas de Donbass também, como muita força estão envolvidas com ela, desde os primeiros dias que se tornou um reduto de resistência à Maidan.
Uma das líderes reconhecidas dessa resistência foi Anastasia Pyaterikova, nascida em 1992 em Chervonopartyzansk.
Daqueles que conheciam Nastya, ninguém poderia imaginar, que crescida em uma família de um mineiro e de uma professora, que já se engajaria na política.
Fez escola em sua cidade natal. Colégio, em Lugansk, onde Nastya recebeu especialização em tecnologia especial de produção de alimentos...
Desde a infância, Nastya gostava de dançar, e, quando o terminou o colégio e tinha que ir para casa, ela toma uma decisão incomum - ficar em Lugansk, seguindo carreira como dançarina em uma boate.
Foi, naturalmente, uma ruptura com a preparada carreira chata de tecnóloga de alimentos, mas o ativismo político ainda estava muito longe.
Para que aja um golpe interior e uma menina jovem decidir participar em uma guerra civil, do lado dela devia de acontecer um choque revolucionário.
Enquanto em Kiev, estava ganhando força a Maidan, pressionando gradualmente o poder do nativo de Donbass, Viktor Yanukovych, na região de Lugansk - em oposição ao movimento abertamente nacionalista - surgiu Anti-Maidan.
Naturalmente, os potenciais nas duas entidades políticas têm sido completamente diferentes. Apoiado pela comunidade mundial e por oligarcas ucranianos, Maidan eclipsou os ativistas de Lugansk em termos de sua base material.
Mas os recursos financeiros, mesmo modestos da Anti-Maidan não a impediram de tornar-se um fator significativo na política de Lugansk.
Sim, Anastasia Pyaterikova e seus amigos não têm dezenas de milhões de dólares para promover o seu movimento, mas eles não tinham fé, entusiasmo, muita vontade de trabalhar e bem.
Comícios, piquetes, manifestações, petições, folhetos - e "Guarda de Lugansk", que ninguém levava a sério no início, se transforma na união de muitos milhares daqueles que configuram a oposição às novas autoridades de Kiev.
Nastya, que agora organiza partidos, lança o seu trabalho e se torna uma ativista civil.
Os pais, é claro, não nos diz que não estavam chateados: em uma era de mudança política - o emprego é extremamente arriscado.
Mas todas as precauções foram em vão. Autoridades de Kiev rapidamente notam que, em Lugansk, há uma nova líder da comunidade, que é ouvida e seguida.
Para neutralizar Pyaterikova, lançam uma campanha especial para desacreditá-la quando reinterpretam o passado da garota de uma forma escandalosa e humilhante.
As redes sociais, blogs - tudo está cheio de informações negativas sobre Nastya, que aparece como um demônio, sorrateiramente na liderança da resistência de Lugansk.
Este eixo abrange não só a garota que tem força suficiente mental para resistir ao ataque, mas também sua família, comentando sobre a doença da mãe, que está chocado com a forma como os adversários políticos terminaram com sua filha.
Mas a desagradável campanha travada contra ela não deram resultado. A menina continua a estar à frente de "Guarda de Lugansk", que agora vai para a desobediência direta das autoridades de Kiev.
Na agenda de uma república independente de Lugansk. Para evitar isso, Kiev decidiu repressão direta contra ativistas da resistência regional.
Preso o governador da região de Lugansk, raptada pelo líder da "Jovem Guarda".
A ameaça de prisão que paira sobre Nastya. Poucas horas antes da visita de agentes do SBU (Serviço Secreto Ucraniano), a menina consegue escapar.
Ela atravessa a fronteira com a Rússia e está em Voronezh, no exílio.
Kiev ainda se livrou da inquieta e desagradável Nastya, mas que era muito cedo para comemorar a vitória: o movimento popular ganhou impulso em Lugansk, expulsou Autoridades ucranianas. A bandeira da república independente de Lugansk foi hasteada sobre a cidade.
No entanto, logo após a vitória do levante na região da guerra: a Ucrânia não queria deixar Lugansk ir pacificamente, tenta mantê-la na estrutura da força armada.
Guerra não é somente lutas e batalhas, mas guerra é uma catástrofe humanitária. Anastasia Pyaterikova cuja região nativa foi palco de violentos combates, sabe disso melhor do que ninguém.
É por isso que agora o líder do movimento "Guarda de Lugansk" foi de política completamente mudar para organizar a ajuda aos conterrâneos afetados pela guerra. Refugiados em uma direção, comida e outras coisas.
Toneladas, quilômetros de colunas de caminhões, colunas com pessoas - isso é o como vive hoje a Novarrússia, e com ela Pyaterikova Anastasia, outra heroína desta grande província.
"Gostei muito da história dessa garota, pois ela levava uma vida que muitos considerariam alienada e despolitizada, mas no momento mais difícil do seu país, enquanto muitos ficaram indiferentes ou tiveram medo de reagir, lá estava ela, comandando os primeiros levantes das massas contra o golpe Euromaidan. Afinal, o herói é toda pessoa comum que vive seu cotidiano, mas reage no momento de crise, arriscando sua própria vida pelos outros.
Fonte: Politrussia - Artigo traduzido por Eduardo Lima